quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

“Trinco de Porta”


Ah que tristeza...
Meu coração fechou a porta
Usou de trinco
Esta tão triste
Num vai deixa ocê intra
Por que um dia
Ocê foi ímbora
E me dexô a chora!
Quem mandô
Cê num respeita
O meu direito de amá?
Ocê pensô... 
Pensô cê seu direito,
Magoá meu peito
Sem sabê do meu amô.
                                                   Num vorte
Pois desta veiz quem vai sofrê
Será Vois Mercê
Num vem  mi procura
Tranquei a porta
De meu coração
Prô cê nunca mais entrá.

Menezes Filho

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

 
Eu não tenho a pretensão de um contista, imagino palavras com alinhavos de sensibilidade e as jogo em uma folha branca. A magia é simples basta imaginar...
Elas sempre vem nas vagas da imaginação. Sou apenas um colecionador de palavras.
 
Eurides Filho

domingo, 9 de dezembro de 2012

Amor na Praia

 
Deixo o vento arrastar
Meu barco
Deixo levar
Pra alto mar
Minha morena ficou na praia
Se Deus quiser eu vou voltar (bis)
Deixo o vento
  Enfunar minhas velas
E deslizar em alto mar
Minha morena ficou na praia
Se Deus quizer eu vou voltar (bis)
Tem calmaria
  Em alto mar
Não tem mais vento
Pra enfunar minhas velas
Se Deus quizer eu vou chegar (bis)
A minha morena ficou na praia
E já tem vento
Em alto mar
Peixe no cesto
Eu vou levar
Minha morena ficou na praia
E na praia eu vou chegar
Quando noitinha
Sentados na areia
Trocando juras
A se namorar
Lembro do vento
Que me trouxe pra praia
Só pra te gostar
Só pra te namorar.

Menezes Filho

sábado, 1 de dezembro de 2012

 
O que posso dizer sobre o que me vem fácil? Algumas pessoas me dizem um Poeta mas eu tenho consciência que não passo de um colecionador de palavras. Sou um homem que adora brincar de amar com as palavras e talvez por saber mais de amor do que poderia imaginar um dia o escrevo de uma maneira para que chegue a alma feminina de um jeitinho todo especial.Ah...É doce amar mesmo que seja através de palavras, de gestos e trejeitos e isto um Poeta tem de sobra, pena que eu não o seja. Mas não desisto nunca de tentar fazer chegar a alma feminina os meus sonhos, os meus desejos e minha maneira comum de amar. Que a feminilidade esteja sempre aberta aos meus textos e a esta maneira bem natural de dizer..."TE AMO!"
 
Marcondes Filho

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Consciência Negra"

 
 
Desde cedo aprendi que a origem da Raça Humana esta na África Negra. Que nossa gente é uma mistura do Negro com o Europeu (e o índio) e que a etnia dos Europeus tem na pele e na cor dos olhos a mesma origem. Resumindo: Toda explicação que houveram por bem me darem achei correta (As cores tem origem na falta de luz) e ao dar-me conta disso comecei a retroagir com meu raciocínio à última das origens e descobri por avaliação válida que Deus é Negro.
Preconceito, descaso, desmerecimento? Porque ter estes sentimentos menores apenas pela cor pele?Por lógica também os teria por Deus ou por qualquer um de nós... Pois quanto a Deus O sei Negro por ser a única Semente que poderia ter germinado na África, mas o que ainda não sei é se Deus seria um menino... Seria?!



“Menino”



Meus passos foram como de uma criança curiosa
Procurando descobrir todas as coisas da vida
Quando minha experiência já houvera me dado
Quase tudo que eu poderia querer ou saber,
Mas ainda assim, sigo caminhando pelas nuvens.
A procura de meus próprios vestígios
Pois um dia eu vaguei por aqui neste acolchoado de Deus
Apenas para deixar rastros de minha alma.



Sempre estive indo em busca do futuro
Deixando pegadas no meu passado
Sobre folhas soltas do outono
Pronto para acontecer no amanhã.
Nunca fui afeito à apatia
E sempre desde o começo a revelia
Por isso sempre recomeço.



Jamais serei um Sábio
Pois nem tudo da vida eu conseguirei saber.
Meus olhos é que vão mais além
Curiosos...
Vão e vem, dançam,
Ao ritmo de estrelas que flutuam ao anoitecer
E fazem de minha vida
Sempre uma imaginação a vencer o infinito.
Não crio um mundo de fantasias,
Mas o imagino.



“Que céu mais estrelado de esplendor é este meu Deus?!”
Perguntaria um incauto que acabara de chegar ao meu destino,
Mas quem comigo convive, não iria perguntar... Saberia!



Ao ver na obra de Deus
Um céu salpicado de estrelas
Mal sabe quem pergunta que elas estão ali deste cada raiar
Que Deus as faz acontecer a cada instante.
Falta-lhe imaginá-las quando não as vemos.
O ser humano não sabe idealizar as fantasias Divinas
Senão seria também um Deus
Mas sei por minha alma de criança;
Deus não criou as Estrelas de uma só vez
As fez como bolinhas de sabão
Como se tivesse um dia sentado
Na mesma calçada que um dia sentei
Fazendo bolinhas de sabão
Fantasiando-as uma a uma
De brilhos e tamanhos.
Como eu as fazia em minha imaginação inocente
Ele até as fez melhor
Como para presente
E depois as lançou ao espaço
Como se fossem as minhas coloridas bolinhas de papel
Ele sabia que um dia eu as faria
E me invejou, as fez primeiro!
Talvez Deus seja um menino como um dia eu fui
Talvez Deus ainda hoje suba em árvores
Para ver no ninho do Sabiá...
Os filhotes crescendo a cada dia
Só para brincar de Deus Criador,
Ah, um dia também brinquei!
Talvez Deus represe a água da chuva só para brincar
Com seu barquinho de papel em “Poças D’água”
Como um dia brinquei!
Talvez Deus tenha roubado daquela garotinha
Seu primeiro beijo.
Como um dia roubei!
Talvez Deus... Ainda lembre dela.
Talvez Deus seja mesmo um Menino
Que um dia eu fui!!


Marcondes Filho


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

“Razão”




Fica entendido,
Nada vai mudar o rumo de meu destino...



Mas, se por ventura
Tudo lhe parecer errado
E por um momento
Por ter perdido a minha razão
E for desmerecido
E mesmo que este menosprezo tenha o aval de sua razão,
Não se preocupe
E nem se afaste.
No ser humano é habitual o cometer de erros
E eu não sou diferente.
A própria humanidade esta cheia de exemplos;
Homens e mulheres que erraram recobraram 
A consciência e a razão
E hoje são lembrados por terem sido corretos
Além de terem sido humildes
Ao reconheceram seus erros
E os repararem
Como desculpas ofertadas humildemente



O ser humano que é correto em seus atos
Não sente orgulho de si mesmo 
E se o for, não o demonstrará
E muito por uma única razão;
O melhor será sempre deixarmos
Que outras pessoas reconheçam o nosso valor moral 
E mais,
Termos o aval da comunidade sempre nos fará sentirmos dignos.
Sempre digo:
 “O ser humano jamais poderá ter medo de decidir
E nunca errará se tiver discernimento
Sobre o bem ou o mal
E sempre saberá avaliar qual caminho a seguir.” 



Na fé,
Não devemos ensinar
E nem propagar
o que pensamos ser correto
Ser uma verdade única é imperdoável
 “A fé não é o exemplo da exatidão” 
Nem sempre esta na nossa consciência a realidade 
E se existem dúvidas, 
O pressentimento,
A intuição,
serão sempre um aviso que algo esta errado
Ou no mínimo nos parecerá estar.
Se nós nos questionamos
Por não termos certeza de nossa fé
Não poderemos ser os mensageiros
De uma palavra em dúvida.



Quando nossa consciência tem questionamentos
Não nos permitiremos sermos avalistas 
De incertezas
Ou de enganos
Pois seríamos incorretos. 
Sempre cometeremos erros terríveis
Ao dizermos de nossa fé ou de nossa razão como a única verdade.



Eu tenho facilidade de recobrar o meu instinto de avaliação
E nem sempre acerto
Mas por lógica
Logo recobro o caminho certo
O caminho da busca
E por ter humildade
 (Não há modéstia quanto a ser humilde) 
e por não prosseguir no erro
Procuro razões que me levaram a uma falha de comportamento,
E como aprendizado a avalio como uma lição
Pois será sempre um exemplo para o meu futuro.



Saber avaliar,
Ter consciência do que é direito
É estar com o raciocínio e o discernimento em dia.



Uma pessoa que não consegue perceber o que é correto
É um ser humano com problemas de comportamento muito sério.
Nem mesmo quando Percebem seus erros 
Terão credito
Até mesmo quando são a própria verdade.
E isto não faz bem
A eles ou a ninguém
E nem é propício ao meu destino.
Eu procuro caminhar consciente
Sem que meus atos me façam ficar a margem do caminho



Um ser Humano digno se sentirá muito mal 
Ao perceber que não faz parte de uma coletividade.
O homem é antes de tudo um “bicho” sociável
E não conseguirá ser um ermitão a não ser por vontade própria.
O melhor será mesmo
Caminharmos de mãos dadas
Cantando a mesma música em coro uníssono.
Mas para que possamos participar de uma coletividade
Sempre será necessário que sejamos dignos dela!  



Marcondes Filho

sexta-feira, 9 de novembro de 2012




Um homem letrado não é ser só um sábio.
É ser um educador mesmo ocasionalmente.

Eurides Filho