domingo, 3 de abril de 2011

Paraíso


Será que a Terra não é o próprio paraíso?
Senão vejamos…
Que outro Planeta ou “Espaço Inimaginável”
Teria ou teve a “nossa” Lua, o “nosso” Sol
Ou a Constelação do Cruzeiro do Sul?
A paisagem das quedas do Rio Iguaçu?
O sorriso de uma criança?
O andar de uma mulher de salto alto?
O Mineirão lotado em dia de jogo?
Os 1000 gols de Pelé
E depois pra mais de 200 sem fazer conta?
Uma “Folha Seca” do Didi?
O Maracanã lotado em tarde de domingo?
Um drible de maneira única e sempre à direita
De um menino das pernas tortas com nome de passarinho?
O desfile das escolas de Samba do Rio?
A Discoteca do Chacrinha?
Os versos de Vinicius?
A musica de Noel?
A Pureza e inocência dos versos de Renato Teixeira
Em “Amora”
“Depois da curva da estrada tem um pé de araçá…”?
Os pés e a leveza de Ana Botafogo?
A lenda de Beja?
(Aliás…Uma lenda real.)
Uma tarde de chuva fina depois de um calor intenso?
As flores abrindo e depois desabrochadas?
O perfume de uma manhã orvalhada?
Os versos de Adélia Prado
Ou o talento de Cecília Meireles?
Sem falar em Emily Brontë
Quem não leu dela
“O Morro dos Ventos Uivantes”?
E mais,
Um “Encontro Marcado”
Com Fernando Sabino
Ou com a Literatura de Cordel?
Uma seresta para a Mulher amada
Na Diamantina de JK
Ou em Conservatória no RJ?
A voz de Gal
E também a do Caetano e a do Gil?
A pureza da própria natureza
E o fascínio da Mulher
Na voz de Caymmi
E não me esqueci
Nem dos Chicos
Os dois…
O Buarque e o Xavier
Este, o de Uberaba, além de nós!
E de um outro, o Velho Chico
“O Rio Integração”
Nem da praia de Lagoa que se diz da Prata
(Onde minha mãe nasceu)
Também não poderia esquecer
Da Jovem Guarda
Pois ainda guardo
Uma tarde na Record
Às vezes na tupi
Com Roberto e Erasmo
Bom que lembrei também
De Bethânia e Rita Lee
E um “Brasileiro” Universal chamado Jobim
E se digo Universal
Então
Que Tal Aznavour
Em “She”
Que tal Bob Dylan
Em “Like A Rolling Stones”
Ou quem não ouviu como eu
“My Way”
e por lógica
pensam logo em uma voz chamada Frank
Cantando do “Modo dele”
A música que também é de Paul Anka
E dele próprio, o Sinatra!
Bem… Deixo mais de mil e uma lembranças
A um futuro qualquer
Sem serem noites de Sherazade
Ou de Cidades imorredouras
Como Paris
Roma
Até mesmo Moscou
Ou Madri
Cidades que ficam logo ali
Em nossa imaginação
Mas de momentos e pessoas
Que fazem ou fizeram deste Planeta
Chamado Terra,
Um Paraíso.
Não acredito que exista outro lugar
Que não seja a Terra o Paraiso
Onde encontraríamos
Uma civilização Grega, Romana ou,
E tantas outras
De Heródoto a Jesus
Ou de Jesus a Stephen Hawking
Onde veríamos obras dos grandes Mestres
Como Michelangelo, Rubens,Goya, Da Vinci
E tantos outros em diversas áreas das ciências?
Onde perceberíamos os adoráveis “loucos”
Da esquadria da fumaça
Ou da Formula 1?
Que não somos o centro do Universo
Eu já sei a muito
Que não habitamos um grande Planeta
Também o sei
E que estamos no único Paraíso conhecido
Ao qual chamamos de Terra
Eu tenho certeza!

É provável que alguém venha a contestar o “meu” Paraíso por causa das guerras, da fome, das doenças, da destruição do meio ambiente, do inconformismo pela miséria produzida. Com certeza eu não teria uma explicação imediata mas um dia o Poeta verá pelo vão de uma janela um Planeta sem as mazelas atuais e então com certeza escreverá…

Marcondes Filho

2 comentários:

  1. E tem gente que ainda espera outro lugar para ser feliz!!!

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  2. lindo poema, a mais pura realidade. Adorei o blog, seguindo...

    http://aparticulaelementar.blogspot.com/

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