Que pensamento me vaga
No ocaso da vida?
Se me vem palavras soltas
As sinto como neve ao cair da tarde.
Pelo vão da janela
Sinto Deus é branco natureza
Ao longe um sonho ficou
E por mero acaso
O perdi como palavras que nunca escrevi.
Se me cobram sonhos que vivi
Lembro com saudade
Recados de um tempo
Que sonhos eram realidade.
Perambulei por almas humanas
Sorri de tudo a minha volta
E me entreguei ao meu próprio descaso.
Que vida insana descobri?
De todas que conheci nenhuma
Pura inocência, hoje me fazem sorrir
Levavam em seu alforje sorrisos pálidos
Histórias como a minha
Agradáveis sorrisos perdidos
Entre caminhos impensáveis
De trânsito louco, em desatino, todo destino
Passeavam pelas nuvens de branco cristais
Em seus pensamentos vagos
Mas na integra mãe perene perpetuava
Em vagas ondas torrenciais
Deixavam de seus sonhos
Tristes pegadas na neve
Natureza continua vida ora
De branco alvo noturno
Do vão da janela retorno ao meu sonho destino
Descortino vagamente inocente
Em meu pensamento ilusões
Perdidas no desgelo de meu destino
Cubro-me de lembranças imaginárias
Resultado constante de meu desatino
Semente humana
minh'alma persiste
Em lembranças deixadas
Na esperança hoje sem cor
De verde pincelei meus sonhos
E se desbotados ainda persistem
Meu corpo ora cansado
Sem que levante no futuro horizonte
Me entrego,me deixo, me calo
Em provável descompasso
"Vaga inocência"...
Por meus sonhos que se foram!
Marcondes Filho
Ler e ler de novo e de novo e de novo. Sempre notando algo a mais. Adorei.
ResponderExcluirworse-or-better.blogspot.com
BELÍSSIMO ESCRITO
ResponderExcluirUM VERDADEIRO "BANQUETE" PARA OS QUE AMAM UM BOA LEITURA
ABRAÇOS
BRUNO
Jacqueline!
ResponderExcluirBelo!
A vaga inocência pelas coisas que nem sabemos... apenas temos uma vaga inocência...
Beijos e ótimo fim de semana!